quarta-feira, 25 de dezembro de 2013

LAGUNA & ENSEADA DE BRITO



LAGUNA-SC
&
ENSEADA DE BRITO
 Distrito de Palhoça-SC
No início da colonização do Brasil, o território onde seria instalada Laguna constituía a parte mais meridional do Brasil, na Capitania de Santana. Neste município passa a linha imaginária criada no tratado de Tordesilhas em 1494, separando as terras de Portugal à leste e Espanha à oeste. Por este motivo, Laguna tornou-se um importante ponto geográfico para Portugal.
Em 1684 a vila de "Santo Antônio dos Anjos de Laguna" teve os seus fundamentos lançados pelo capitão vicentista, enérgico bandeirante, Domingos de Brito Peixoto (e seu filho Francisco de Brito Peixoto) que, antes, segundo crônicas da época, deixou o seu nome a breve estabelecimento, em uma enseada da baía sul da ilha.
(fonte: Colonização do Estado de Santa Catarina - dados históricos e estatísticos (1640-1916) - Secretaria Geral dos Negocios do Estado - 1917).
Segundo outras fontes a atual cidade foi fundada em 1676 por colonos da capitania de São Vicente. Em 1714 a localidade foi elevada à categoria de vila e criado o município. Em 1847 obteve a categoria de cidade. De qualquer forma, Laguna é considerado o terceiro município mais antigo de Santa Catarina.
Do extenso território original de Laguna, desmembraram-se duas capitais brasileiras: Porto Alegre e Florianópolis, antiga Desterro.
Em 1880 as freguesias mais importantes eram: Vila Nova, Santana do Mirim, Senhor Bom Jesus da Pescaria Brava, São João Batista do Imaruí e Nossa Senhora Mãe dos Homens do Araranguá.







ENSEADA DE BRITO
Distrito de Palhoça-SC



A partir da vinda de Dias Velho para a Ilha de Santa Catarina, intensificou-se o fluxo de paulistas e vicentistas, que ocuparam vários outros pontos do litoral.

Esse era o obejetivo da colonização do Brasil pela Coroa Portuguesa. Laguna estava no ponto mais meridional de fixação de território, dentro da Capitania de Santana e ter o marco do Tratado de Tordesilhas assinado e 1494 entre Portugal e Espanha, que delimitava as terras a leste para a Coroa Portuguesa e a oeste para a Coroa Espanhola.

A partir de 1673, entre os vários pontos de ocupação e povoamento, a iniciação projeta-se pelo lado continental, frontal ao sul da Ilha de Santa Catarina. Pelo mar, o remanso da enseada, ideal para ancoragem das expedições marítimas. Por terra, o ponto de paragem das bandeiras no sopé da serra, para travessia do massiambu(rio da barra), rumo ao sul.

Entre 1674 e 1684, colonos vicentistas e paulistas, constituem ponto avançado de ocupação e estabelecimento do lugar enseada, assim como, chegam e se estabelecem em Laguna. Esse período de ocupações litorâneas, levam aos fundamentos do lugar enseada, dentro do objetivo inicial fixado de ponto mais meridional.

O planejamento do lugar, constata-se pela  arquitetura portuguesa da época. Planejamento com características iniciais de povoamento, freguesia, vila e cidade, ou seja, um largo(praça) central voltada para o mar, ao redor as ruas laterais de fogo e ao fundo a casa de reza (capela, igreja).

Em 1684, é atribuído ao capitão vicentista e bandeirante Domingos de Brito Peixoto, os fundamentos da Vila de Santo Antônio dos Anjos de Laguna. Atribui-se também ao capitão vicentista e bandeirante, o nome da enseada de “Enseada de Brito” em sua homenagem, por seu breve estabelecimento no lugar, a caminho de Laguna.



Glossário

Fogo – antigo significado de casa, moradia



Contos que conto

Quem conta um conto, aumenta um ponto  .  º

              -dito popular-                                         

Texto: Gilberto J. Machado

                  -Historiador-















segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

FLORIPA




ILHA DE SANTA CATARINA
&
NOSSA SEDNHORA DO DESTERRO
&
FLORIANÓPOLIS
FLORIPA
Resenha
“Em 1651 chega Francisco Dias Velho – que em 1673 fundou a póvoa de Nossa Senhora do Desterro – e por fim, em 1732, é criada a freguesia de Nossa Senhora do Desterro.
No dia primeiro de outubro de 1894, depois de 162 anos chamando-se Nossa Senhora do Desterro, o município muda de nome através da Lei no 111, quando alguns iluminados – isso para não dizer uns “lambe-botas” – resolveram homenagear o marechal Floriano Peixoto – o Marechal de Ferro – e o município passa a se chamar Florianópolis, ou seja, cidade de Floriano”.
-Livro – Bom dia ouvintes do MANHÃS DE SABADO, pagina 159, texto Açorianópolis. Autor-Paulo Ricardo Caminha. Editora Nova Letra. Florianópolis-SC,Brasil.

Originalmente denominada "Ilha de Santa Catarina", já que Francisco Dias Velho, o fundador do povoado, chegou ao local no dia de Santa Catarina. Ela continuou por muito tempo sendo assim chamada, inclusive ao se tornar vila com o nome de “Nossa Senhora do Desterro. Fato que comprova é que até mesmo nas correspondências oficiais ainda se mencionava a Ilha de Santa Catarina, nome com que nas cartas de navegação da época ela era descrita. Com a Proclamação da República a vila elevou-se a cidade, quando decidiram fortalecer o nome correto, mas agora passando apenas a se chamar "Desterro", nome esse que desagradava aos moradores, pois este termo lembrava "desterrado", ou seja, alguém que está no exílio ou que era preso e mandado para um lugar desabitado. Esta falta de gosto pelo nome fez com que algumas votações acontecessem para uma possível mudança. Uma das sugestões foi a de "Ondina", nome de uma deusa da mitologia que protege os mares. Este nome foi descartado até que, com o fim da Revolução Federalista, em 1894, em homenagem ao então presidente da República Floriano Peixoto, Hercílio Luz mudou o nome para Florianópolis. Mas é preciso que se diga que Floriano Peixoto não era uma autoridade com popularidade na cidade e enfrentou grande resistência de seu governo em Desterro. Como a cidade era um dos principais pontos que se opunham ao presidente, este mandou um exército para a cidade para que fosse derrubada esta resistência. Deste nome deriva o apelido F l o r i p a, pelo qual a cidade é amplamente conhecida”.
Fonte:Wikipédia – a enciclopédia livre
Já no início do século XVI, embarcações que demandavam a Bacia do Prata aportavam na Ilha de Santa Catarina para abastecer-se de água e víveres. Entretanto, somente por volta de 1675 é que o bandeirante Francisco Dias Velho, junto com sua família e agregados, deu início ao povoamento da ilha com a fundação de Nossa Senhora do Desterro (atual Florianópolis) — segundo núcleo de povoamento mais antigo do estado, ainda fazendo parte da vila de Laguna — desempenhando importante papel político na colonização da região.
A partir da vinda de Dias Velho intensificou-se o fluxo de paulistas e vicentistas, que ocuparam vários outros pontos do litoral. Em 1726, Nossa Senhora do Desterro foi elevada à categoria de vila, a partir de seu desmembramento de Laguna.

Contos que conto
Quem conta um conto, aumenta um ponto  .  º
              -dito popular-                                          
Texto: Gilberto J. Machado
                  -Historiador-


quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

MEIEMBIPE




                                               Meiembipe
&
Ilha de Santa Catarina
Brasil meridional

Meiembipe, assim a chamavam os índios carijós, que inicialmente ali viviam. Meiembipe na rica linguagem tupi-guarani, significa elevação do monte ao longo do rio. O rio, ou canal, yjurere-mirim, que a linguagem traduz, como pequena boca d’agua, ou seja, o canal estreito entre as elevações, ilha continente.
-Livro – Bom dia ouvintes do MANHÃS DE SABADO, pagina 159, texto Açorianópolis. Autor-Paulo Ricardo Caminha. Editora Nova Letra. Florianópolis-SC,Brasil.
                                                                                
“Em 1515, logo depois da chegada dos portugueses ao Brasil, o navegador espanhol João Dias Solis,  denominou a ilha de Baia de lós Perdidos, dado ao naufrágio de um barco de sua expedição.
Ilha de Santa Catarina é um antigo nome e apareceu a primeira vez em 1529”.

Em 1525, o italiano Sebastião Caboto, navegando numa expedição com 3 navios, à serviço do Reinado Espanhol, desvia de sua rota para o Oriente e ruma em direção a Bacia do Prata, atraído pelas riquezas do Rio da Prata.

Conjecturam alguns historiadores, que Sebastião Caboto com problemas de manutenção em sua expedição, aporta em Meiempibe em 1526 e denomina a Ilha de Santa Catarina de “Porto dos Patos”. Mas o nome de Santa Catarina – dado à ilha – aparece, pela primeira vez, no mapa-múndi de Diego Ribeiro, em 1529.

A partir de então, atribuem a Sebastião Caboto, o nome da Ilha de Santa Catarina em homenagem que fez a sua mulher Catarina  Medrano. ou à Catarina de Alexandria, comemorada pela Igreja Católica em 25 de novembro.
Sebastião Caboto, notabilizou-se em descobrir e mapear caminhos marítimos, navegando nas proximidades da costa. Esse método de navegação, é conhecido como cabotagem, em sua homenagem.
                                                                
Wikipédia-A enciclopédia livre
A partir de 1622, cartográficos holandeses, referem-se a Ilha de Santa Catarina como Ilha dos “índios patos”, assim descrita; “dos países baixos à “ilha dos indos patos”.
Cartografias sucedâneas ao final do século XVI, à denominam “Ilha dos Patos”.
                                                                              
                                                                      
Contos que conto
Quem conta um conto, aumenta um ponto  .  º
              -dito popular-                                         

sábado, 14 de dezembro de 2013

MASSIAMBU



 MASSIAMBU
 &
PASSAGEM DO MASSIAMBU

Vamos entender um pouco do porque massiambu.
Este nome é de origem tupi guarani, linguagem falada pelos índios carijós da tribo dos tupi guarani, que habitavam o litoral do Estado de Santa Catarina.
Rio e localidade, que atualmente, integram o território do município de Palhoça.

Dicionário tupi guarani
Massiambu: Talvez provenha também de imbiaça-yembó a foz do regato ou de y-bem-açá-ybu o rio da barra.


Aboçápecaú: nome de numa taba encontrada na ilha de Santa Catarina pelos primeiros conquistadores. Aboçá é corrupção de Imbiaçá que vem de Mbé - açaba -
a saida do caminho , o porto ; peca significa pato e U significa,
água, rio. Donde temos:
Aboçá-peca-u ou Mbê-açaba-peca-u que se transformou no Massiambú. Dos
nossos dias e que interpretamos caminho do rio do pato.
Massiambu: Veja Abocepecau. Talvez provenha também de imbiaça-yembó a
foz do regato ou de y-bem-açá-ybu o rio da barra
.

 

Passagem do Massiambu é uma  área de manguesais, restinga e dunas, às margens do lado direito da foz do rio e pequeno afluente.
 A partir da década dos anos 60 do século XX, começa a sofrer invasões desenfreadas de ocupações irregulares e moradias, assim como, a pesca predatória, dado a abundância de peixes, camarões, berbigões e outras espécies.
Essas invasões, acentuam-se a partir dos 70, inclusive na pesca artesanal irregular, constituindo-se numa comunidade predadora, que vem levando gradativamente, à excassez e o desaparecimento de espécies e criadouros da fauna fluvial e marinha. Exemplos., camarão, robalo, linguado, berbigão e outros mais......




 Massiambu ou o rio da barra
A linda e temida barra sul, localizada entre a ilha de Santa Catarina e o lado continental do massiambu. A linda e temida barra dos naufrágios, que gerou o nome da Praia de Naufragados  no lado de mar aberto da Ilha com o farol da barra.

Contos que conto
Quem conta um conto, aumenta um ponto  .  º
              -dito popular-                                         
Texto: Gilberto J. Machado
                   Historiador



Imagem-google eart

No início da colonização do Brasil, o território onde seria instalada Laguna constituía a parte mais meridional do Brasil, na Capitania de Santana. Neste município passa a linha