domingo, 15 de janeiro de 2017

COISAS DO CAMPECHE

COZA DO CAMPECHE
Papo do Zé gancheiro

Seu Zé, o Senhor já ouviu falar de Sants Uperry?

“Num Senhori, num ouvi e num conheço não. Só sei de gente falando sim de um estrangeiro, que vem avoando e baixa o avião ali. O Senhori sabe, o mexerico chegou até o Pantsuli, virou papo de porta de venda.
Falam que toda gente dali do Campeche, gosta muito dele, fazem até festinha quando ele chega.  Falam até que quando o tempo tá feio, vento suli, noite escura, acendem lampião pra ele não embicá o avião.
É....ehehehe, mas também falam que o home é namoradô que só vendo.
Dizem que nasceram uns escurinhos de olho azul e meio esverdeado, depois que esse estrangeiro chegou por ali.
Cala-te boca, não ta mais aqui quem falô”.

Contos que conto
Quem conta um conto, aumenta um ponto  .  º
              -dito popular-                                         
Texto: Gilberto J. Machado
                   Historiador



quarta-feira, 11 de janeiro de 2017

CARNE DE VARAL
nos versos do mané

Quem não sabe o que é
pergunte aos pais e avós
e descubra que delícia mané

Eles vão lembrar de contos
e de um tempo
em que se pendurava e se estendia 
toda a carne que se comia

Nessa época não existia
freezer. nem geladeira
 e quem tinha era luxo
 podia guardar o bucho

 Toda a carne fresca
 como o peixe que se pescava
 iam parar no varal
 ou então se estragava

Carne seca de varal
também chamada de carne de sol
depois onde que fica
pois então
com farinha de mandioca
guardava-se na barrica

Nos tempos do fogão de lenha
quando a brasa se formava
puxava-se um pouco pra fora
e a carne na grelha assava

A chaleira aquecia
a água que se fervia

depois da água fervida
farinha se misturava
pirão escaldado ficava
com a carne assada, se mastigava


Contos que conto
Quem conta um conto, aumenta um ponto  .  º
              -dito popular-                                         
Texto: Gilberto J. Machado
                  -Historiador-