sexta-feira, 30 de dezembro de 2016

HOSPITAL REGIONAL DE SÃO JOSÉ Dr. HOMERO DE MIRANDA GOMES



A partir de 1974,  assumiu como Governador do Estado de Santa Catarina, Dr. Antônio Carlos Konder Reis. Em seu período de governo, foram planejadas as construções dos Hospitais Regionais no Estado, a saber; Hospital Regional de Araranguá, Hospital Regional de Joinville, Hospital Regional de Chapecó, Hospital Regional de São José e Hospital Geral de Ibirama.
O desenho das regiões do Estado foi idealizado pelo Planejamento de Governo e Secretaria de Estado da Saúde, bem como, os hospitais, seriam nominados Regionais, levando apenas o nome do município de abrangência da região.
Em contra partida, os municípios elencados, fariam a doação dos respectivos terrenos ao Estado de Santa Catarina.
As construções realizaram-se nos governos de Antonio Carlos Konder Reis e Jorge Konder Bornhause, ambos nomeados pelo Governo Militar.
Ao Governo de Esperidião Amin Helou Filho, eleito pelo voto direto, coube a montagem, instalação dos equipamentos, mobiliários, instrumentalização, contratação de pessoal, convênios de administração, inauguração e outros trabalhos pertinentes aos seus funcionamentos para atendimento a população.
Em 1986, manifestos da população de São José, levam a Câmara de Vereadores a aprovar homenagem à Dr. Homero de Miranda Gomes com o nome do Hospital, reconhecidamente pelos relevantes serviços prestados como médico, administrador e político em São José e região.
Registra-se: O terreno destinado ao hospital, era patrimônio público municipal, outrora adquirido paa ser um campo de futebol para jogos ex-Ipiranga F.C.
A doação ao Estado de Santa Catarina tem início na administração do Prefeito Constâncio Krumel Maciel, finalizada na gestão do Prefeito Germano João Vieira.
Assim, em 15 de fevereiro de 1987, o último hospital regional é inaugurado pelo Governador Esperidião Amim Helou Filho com o nome de: HOSPITAL REGIONAL DE SÃO JOSÉ Dr. HOMERO DE MIRANDA GOMES.
Na solenidade foi empossada a primeira Diretoria Hospital, assim composta:
Diretor Geral:..............:  Dr. Isaac Lobato Filho
Diretor Técnico...........:  Dr. Felipe Simão
Diretor Administrativo: Técnico/Administração Lídio Juvenal Ramos
Assistente de Direção.:Técnico/Administração Gilberto João Machado
Em 16/02/1987, iniciá-se o a implantação gradativa de atendimento hospitalar, primeiramente como MATERNIDADE.

Contos que conto
Quem conta um conto, aumenta um ponto  .  º
              -dito popular-                                         
Texto: Gilberto J. Machado
                  -Historiador-





segunda-feira, 26 de dezembro de 2016

O PAULO LOPES JÁ PASSOU?

O PAULO LOPES JÁ PASSOU?
Expressão conhecida no litoral da Grande Florianópolis

O Paulo Lopes já passou? Já? Então ta na hora de tomar uma ou matar o bicho, (pinga, cachaça) antes da bóia (almoço). Essa expressão começa a surgir em meados da década dos anos de 1970 por oleiros e outros freqüentadores da venda do Jonas, que localizava-se na entrada da estrada para a Ponta de Baixo., local também conhecido como Morro da Cruz.
O ônibus da Auto Viação Paulo Lopres, (hoje Paulotur), que saia  de Florianópolis com destino a Paulo Lopes, passava ali entre 11:15 e 11:30 horas.
Na espreita, oleiros paravam os trabalhos nas olarias e, juntamente com outros desocupados e aposentados, reuniam-se em volta do balcão da venda  para tomar uma cachacinha e colocar os assuntos em dia.
 Anunciada em voz alta por alguns, esta expressão espalhou-se por locais em que o Paulo Lopes nem passava, pretexto para se tomar uma cachaça antes do almoço. Ate em locais da ilha de Santa Catarina, adotou-se essa expressão. “O  Paulo Lopes já passou?”
A venda, local em que surgiu a expressão, pertencia ao Senhor conhecido por Pedro do Sena. Nessa época e durante alguns anos, foi alugada pelo Jonas do seu Marçal, morador das proximidades do Centro Histórico de São José.
A venda, além de tudo que oferecia, era também um bar com jogos de bilhar e dominó.
Senhor Marçal, que gostava de fazer boas comidas, nas sextas e sábados, oferecia aos freqüentadores amantes do trago(aperitivo), algumas comidas exóticas, tipo carne de gambá assada de panela, carne de lagarto do papo amarelo, carne de tartaruga, arraia e outras.

‘TEMPO BOM
 NÃO VOLTA MAIS
SAUDADES
DE OUTROS TEMPOS IGUAIS’

Esta estrofe, é da música de autoria de um humorista cantor, chamado de LILICO, que fez muito sucesso nessa época.
O COBRA D’AGUA

Épocas em que o termo mobilidade urbana, não fazia parte do dia a dia do nosso vocabulário. Pegar, embarcar e sentar num ônibus para ir e vir da cidade (Florianópolis), era tudo de bom e sofisticado, especialmente para quem podia pagar mais pelo conforto.
Além do trajeto da concorrência exigida com Empresas sediadas em Palhoça e São José,  pelo conforto e qualidade do atendimento, pagava-se mais nos ônibus da Empresa Auto Viação Imperatriz, que além do atendimento diferenciado, motoristas e cobradores trabalhavam rigorosamente uniformizados.
Tempos em que as Empresas da região, disputavam os passageiros pelo conforto oferecido pela melhor qualidade de seus ônibus.
A cor amarelada, ainda hoje destaca os ônibus de Santo Amaro da Imperatriz, apelidados por muitos de COBRA D’AGUA.
O Paulo Lopes já passou? sim, e o cobra d’água também.
Talvez a expressão O Paulo Lopes já passou? ficou marcada pelo horário do aperitivo e as brincadeiras com o terceiro pólo.
Sim aqui nós temos o terceiro pólo. Pólo Norte, Pólo Sul e Pólo Lopes.
Em seguida, passava o COBRA D’AGUA, sempre lembrado pelos que chegavam atrasados  no horário da pinga, antes da bóia.



Contos que conto
Quem conta um conto, aumenta um ponto  .  º
              -dito popular-                                         
Texto: Gilberto J. Machado
                   Historiador