domingo, 8 de fevereiro de 2015

CHICO CURTO & CHICO RATOEIRA

CHICO curto
&
CHICO ratoeira

                    
 Esses  dois Chicos, são personagens de São Jose da Terra Firme.
Viveram histórias antagônicas e de formas divertidas em suas maneiras de viver, que de forma jocosa, eram sempre assemelhados pela vizinhança.

Chico Ratoeira, muito divertido, trabalhava de pedreiro e por todos era conhecido pela sua alegria e descontração no trabalho. Sempre cantarolando no trabalho, dava aquela paradinha  ao passar um rabo de saia. Na verdade, se considerava um esperto, um namorador, as vezes tecia elogios ao rabo, não a saia.
A música era o seu divertimento, não tocava muito bem, mas sempre estava acompanhado de seu violão. Às noites, ah, às noites, estava em todas, gostava da farra, um bom vivan.
Se algum homen se assemelhasse na sua maneira de ser, em casa ou na vizinhança, era logo chamado de Chico Ratoeira. 
As mulheres então, logo comparavam qualquer atitude suspeita dos maridos ou namorados, estás te assanhando muito,  até pareces com o Ratoeira???!!!

Chico Curto, um indivíduo de estatura pequena, por isso curto. Era metido a carpinteiro, fazia alguns brinquedos de madeira e vivia de vendas ambulante.
Muito religioso, de fé católica, era figura assídua na procissão do Senhor  Morto, que fazia o calvário da Igreja do Senhor dos Passos, localizada na entrada da Ponta de Baixo, até a Igreja Matriz na sede do município.
A pedido do Pároco, construiu a escada de madeira com 2 degraus para a subida da Verônica, que fazia o seu ritual cântico com o desenrolar da toalha com a face de Jesus.
Chico acompanhava a procissão, carregando a escadinha nas mãos, sempre pronto a colocá-la em posição para a subida da Verônica.
Metido nos trabalhos de carpintaria, foi marcado pela feitio  de um viveiro na chácara de sua casa.
Meteu-se a construir o viveiro e a lida foi o dia todo. Já ao anoitecer , o filho chega em casa e pergunta a mãe pelo pai. Está lá nos fundos, fazendo um viveiro. Mas até essa hora?, diz o filho, já escureceu?
Então juntos, vão até o local do tal viveiro e deparam-se com uma cena de se cagar de rir. O Chico estava preso  dentro do cercado. A mulher aos risos lhe pergunta, não me diz que te pregasse aí dentro?
Pior que sim, mas não conta pra ninguem, esqueci de fazer a porta e estou a despregar para daqui sair.
Essa burrice vazou e virou galhofa na vizinhança. A partir de então, todo e qualquer cercado que se faz em São José, ainda há quem lembre da prisão do Chico Curto.

Contos que conto
Quem conta um conto, aumenta um ponto  .  º
              -dito popular-                                         
Texto: Gilberto J. Machado
                  -Historiador-






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