O
HUMOR NAS OLARIAS-2
“Essa
cachaça parece que tem sali...? (sal)”
Conão
& Dodô
Uma
dupla de oleiros afinada no dia a dia da olaria.
Diariamente
madrugavam, começavam muito cedo na produção das louças de barro.
Mas,
tinham lá seus costumes matinal na
chegada a olaria. Antes de qualquer atividade, tomar um trago de cachaça.
Para
isso, compravam ½ garrafa de cachaça na venda do Adelerme e escondiam num lugar
da olaria, que somente os dois sabiam, sem que, qualquer outro oleiro visse o
local.
Numa
noite fria de vento sul, um dos outros oleiros que costumava tarrafear a val,
molhado e com frio, resolveu procurar e achar a cachaça escondida, tomar um
trago para matar o frio.
E
achou a garrafa escondida no tubo de uma manilha e tomou um gole, um bom trago.
Para
não deixar suspeitas, foi até a praia e completou a garrafa com água do mar e
foi embora.
Logo
depois, ainda na madrugada, Conão & Dodô, chegam para trabalhar e logo vão
de encontro a ½ garrafa de cachaça.
Conão,
isganado e guloso por cachaça, como de costume, toma seu trago de fazer
bochecha para sentir o sabor e depois engolir.
Ao
engolira, sentiu que estava salgada e diz ao Dodô, parece que tem sali....
Dodô,
por sua vez, tomou também o seu trago e diz; é mesmo, tem sali...
Resolveram
então, reclamar da cachaça salgada ao Adelerme, dono da venda, pois segundo
eles, tinha ele derramado sal no garrafão ........rsrsrsrsrsrsrsrsrskkk
Homenagem
aos saudosos personagens
Ricardo
Crispim dos Santos – Conão, oleiro
Arnoldo
Silveira de Souza – Dodô, oleiro
João
Machado Neto – Ninho, oleiro e tarrafas a val
Adelerme
da Silveira – dono de venda na Ponta de Baixo.
Dodô
& Conão, Conão & Dodô, uma dupla de oleiros, que mandava ver nos
trabalhos das louças de barro. Juntos madrugavam durante a semana e trabalhavam
até aos sábados ao meio dia.
Aos
sábados a tarde e domingos pela manhã, o lazer nas vendas do lugar, uma boa
cachaça e jogos de dominó.
Aos
domingos pela manhã, eu como neto e outros guris, chegávamos perto dos dois, em
busca de umas balas, desejo de criança.
Conão
& Dodô, cheios de farra, agradavam toda a gurizada.
Conão,
cheio de graça, cantava o seu refrão: “ecô, dá a bença(benção) pro vovô, quem paga
é o Dodô”!!!
E
o Seu Dodô na resposta do refrão; “Conão não dá” !!!
E
logo depois, um punhado de balas era distribuido para a gurizada e saíamos a
pular de alegria.
Contos
que conto
Quem conta um
conto, aumenta um ponto . º
-dito popular-
Texto:
Gilberto J. Machado
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