sábado, 7 de maio de 2016

O HUMOR NAS OLARIAS-2

O HUMOR NAS OLARIAS-2

“Essa cachaça parece que tem sali...? (sal)”
Conão & Dodô
Uma dupla de oleiros afinada no dia a dia da olaria.

Diariamente madrugavam, começavam muito cedo na produção das louças de barro.
Mas, tinham lá seus costumes matinal  na chegada a olaria. Antes de qualquer atividade, tomar um trago de cachaça.
Para isso, compravam ½ garrafa de cachaça na venda do Adelerme e escondiam num lugar da olaria, que somente os dois sabiam, sem que, qualquer outro oleiro visse o local.
Numa noite fria de vento sul, um dos outros oleiros que costumava tarrafear a val, molhado e com frio, resolveu procurar e achar a cachaça escondida, tomar um trago para matar o frio.
E achou a garrafa escondida no tubo de uma manilha e tomou um gole, um bom trago.
Para não deixar suspeitas, foi até a praia e completou a garrafa com água do mar e foi embora.
Logo depois, ainda na madrugada, Conão & Dodô, chegam para trabalhar e logo vão de encontro a ½ garrafa de cachaça.
Conão, isganado e guloso por cachaça, como de costume, toma seu trago de fazer bochecha para sentir o sabor e depois engolir.
Ao engolira, sentiu que estava salgada e diz ao Dodô, parece que tem sali....
Dodô, por sua vez, tomou também o seu trago e diz; é mesmo, tem sali...
Resolveram então, reclamar da cachaça salgada ao Adelerme, dono da venda, pois segundo eles, tinha ele derramado sal no garrafão ........rsrsrsrsrsrsrsrsrskkk

Homenagem aos saudosos personagens
Ricardo Crispim dos Santos – Conão, oleiro
Arnoldo Silveira de Souza – Dodô, oleiro
João Machado Neto – Ninho, oleiro e tarrafas a val
Adelerme da Silveira – dono de venda na Ponta de Baixo.

Dodô & Conão, Conão & Dodô, uma dupla de oleiros, que mandava ver nos trabalhos das louças de barro. Juntos madrugavam durante a semana e trabalhavam até aos sábados ao meio dia.
Aos sábados a tarde e domingos pela manhã, o lazer nas vendas do lugar, uma boa cachaça e jogos de dominó.
Aos domingos pela manhã, eu como neto e outros guris, chegávamos perto dos dois, em busca de umas balas, desejo de criança.
Conão & Dodô, cheios de farra, agradavam toda a gurizada.
Conão, cheio de graça, cantava o seu refrão: “ecô, dá a bença(benção) pro vovô, quem paga é o Dodô”!!!
E o Seu Dodô na resposta do refrão; “Conão não dá” !!!
E logo depois, um punhado de balas era distribuido para a gurizada e saíamos a pular de alegria.

Contos que conto
Quem conta um conto, aumenta um ponto  .  º
              -dito popular-                                         

Texto: Gilberto J. Machado

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