segunda-feira, 7 de outubro de 2013

DAS MÃOS BROTA ARTE


QUANDO DAS MÃOS BROTA ARTE

 oleiro Gilberto J. Machado


A cerâmica modelada de forma rudimentar  nas rodas de oleiro ou em tornos elétricos, inegavelmente, são práticas  que fascinam, afloram criatividades, que revelam talentos artesanais em peças de arte, alem de proporcionar a mente humana, terapias ocupacionais, reconhecidamente de equilíbrios emocionais.
O barro depois de sovado pelo oleiro em forma de pilôr(bolas),  é batido para fixação na cabeça da roda. Em seguida, com a roda grande em movimento por tração pessoal(movimento de impulsão com os pés), o oleiro dá início a sua criação.
De fundamental importância, molhar as mãos no caco d’agua,  a base de goma(lama ou barbotina) do próprio barro.
O passo a seguir, é lubrificar o pilôr de forma à acariciá-lo, deixando-o brilhante pela molhadura, apertar, facilitando assim  a centralização de eixo, com gestos  das mãos de muita praticidade agregada.
A introdução dos dedos polegar direito em sintonia  com esquerdo no pilôr, produz um orifício central, seguindo-se a ação de todos os outros dedos, por dentro e por fora, que se alarga, abaixa e levanta a argila(barro) em forma de tubo.
A partir de então, o barro cria vida, um fascínio de se assistir, que o faceiro oleiro manuseia nas mais diversas formas, transformando sua criatividade de acordo com os seus desejos.
Um espetáculo aos olhos de quem vê, até a conclusão da peça, provocando gestos expontâneos de aplausos.
Com um fio de arame ou nylon esticado, faz-se o corte, o desprendimento da cabeça da roda. Dependendo do modelo da peça, com as mãos espalmadas ou com a utilização dos ante-braços, retira-se a peça da cabeça da roda.
feitio da moringa
abat-jour

moringa concluida
ânfora
                                                                                          

peças de ALQUEIRE
mesa tipo pedestal com vaso
                                                                                        

moringa


pagode chines
                                 cantil com alça de corda
                          P
Dentre as peças mais elegantes produzidas pelo oleiro, destaca-se a bilha ou moringa, que requer detalhes apurados de simetria do modelo do bojo, feitio e acabamento com borda virada do gargalo.

Glossário
 Alqueire – Antigos recipientes usados para medir mecadorias (aproximadamente 9 litros).
Atualmente é empregado para designar medidas agrárias para se determinar glebas de terra, como o alqueire paulista de 24.200m2, o mineiro de 48.400m2 ou o do Norte do Brasil de 27.225m2.


Contos que conto
Quem conta um conto, aumenta um ponto  .  º
              -dito popular-                                         
Texto: Gilberto J. Machado
                   Historiador





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