domingo, 14 de dezembro de 2014

PAELLERA DE BARRO

PAELLERA DE BARRO(cerâmica), feita artesanalmente na roda de oleiro. Arte do oleiro Gilberto João Machado.
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gioleiro@gmail.com
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domingo, 9 de novembro de 2014

SOBREVIVENTES


SOBREVIVENTES
Três das cinco palmeiras que sobrevivem em São José. De início, eram 12 árvores desse tipo
Foto: Carlos Pereira
Palmeiras centenárias em São José
Árvores foram trazidas do Rio de Janeiro para ornamentar a praça principal do município. Cinco exemplares ainda estão no local
Carlito Costa
No início do século 20, o centro histórico de São José ainda exibia uma configuração típica das primeiras povoações de colonização açoriana da região de Florianópolis. Junto ao trapiche onde aportaram os barcos que haviam trazido os 182 casais de imigrantes, 150 anos antes, havia um campo aberto que subia da praia até a Igreja Matriz, rodeado por outros prédios ainda encontrados no local, como os da antiga cadeia e Câmara de Vereadores e o Teatro Adolfo Melo. Um projeto de urbanização do local foi iniciado há 100 anos, com o plantio de 12 palmeiras régias trazidas do Jardim Botânico do Rio de Janeiro. 
Cinco das 12 palmeiras originais sobrevivem ainda hoje na praça Arnoldo Souza. A história dessas árvores agora centenárias está sendo recuperada por Osni Antônio Machado, funcionário da Secretaria de Estado da Agricultura que se dedica desde 1979 a reunir documentos sobre a memória de São José. Osni tem dois livros prontos, aguardando uma oportunidade de publicação, sobre o poder político municipal ao longo dos 253 anos de existência do antigo povoado de São José da Terra Firme. "Infelizmente muidos documentos importantes do arquivo da prefeitura se perderam, por causa da falta de cuidado com a conservação desse material", lamenta Osni.
 
A ubanização do espaço hoje ocupado pelas praças contíguas Hercílio Luz (em frente à Igreja Matriz) e Arnoldo Souza (em frente à Câmara de Vereadores) começou em 1903. O então superintendente do município (cargo equivalente ao de prefeito na época) era José Vicente de Carvalho Filho. Militar aposentado, Carvalho Filho nasceu no Piauí e veio para o Sul do Brasil para lutar na Guerra do Paraguai. Passado o conflito, permaneceu no litoral de Santa Catarina como professor de primeiras letras. Lecionou em Araquari (Norte do Estado), na Lagoa da Conceição, em Barreiros e na Ponte do Imaruim, até se radicar no centro de São José, onde tornou-se um dos políticos mais importantes da cidade. O início do projeto de urbanização do centro histórico foi um de seus principais legados como superintendente.
REVOLUÇÃO

Palmeira levou um tiro de canhão em 1930
Foto: Reprodução Carlos Pereira
PATRIMÔNIO

Osni Antônio Machado, pesquisador
Foto: Carlos Pereira
PRESENTE
As palmeiras foram doadas à cidade pelo senador catarinense Vitorino de Paula Ramos, nascido na região. As plantas são descendentes das primeiras palmeiras régias plantadas quando da criação do Jardim Botânico, no Rio de Janeiro, por ocasião do deslocamento para o Brasil da corte real portuguesa, em 1808. Em 12 mudas já com cerca de um metro de altura, um tamanho considerado "perigoso" por cronistas da época, já que nessa idade as palmeiras tinham que ser transportadas com muito cuidado, para não serem danificadas. 
As 12 árvores suportaram bem a viagem desde o Rio de Janeiro, no entanto, e foram trasnplantadas com sucesso em duas filas partindo da praia em direção à Igreja Matriz. A primeira delas foi plantada solenemente por outro político importante da época, o coronel Caetano Xavier Neves, filho do igualmente ilustre coronel Joaquim Xavier Neves. A casa da família nas cercanias da praça, que em certa ocasião hospedou o imperador d. Pedro II, está sendo restaurada pelo atual proprietário, segundo os padrões arquitetônicos do tempo do Segundo Reinado.
As palmeiras foram a única alteração no campo aberto do centro do município até 1920, quando efetivamente teve início um projeto de urbanização. Nesse ano foi construído um jardim e feita a geometrização atual das duas praças, com delimitação das ruas. As obras de reordenamento urbano do local exigiram no entanto o deslocamento e replantio de cinco das palmeiras régias originais. Transplantadas depois de muito crescidas, as árvores acabaram não resistindo e morrendo pouco depois, restando sete árvores.
Outras baixas tiveram origem na revolução de 1930, que levou Getúlio Vargas à presidênca da República, depondo Washington Luís. Os revolucionários assumiram o controle de São José em outubro e se entrincheiraram no centro da cidade. As forças legalistas da Marinha posicionaram na Baía Sul o destróier Santa Catarina, que bombardeou a cidade - uma das contruções no local, que hoje abriga a Casa de Cultura Estácio de Sá, ainda mantém numa das sacadas o estrago feito por um dos tiros disparados do navio.
 
Uma bala de canhão atingiu em cheio uma das palmeiras imperiais, que tombou. Uma granada explodiu perto de outra das árvores e um estilhaço atravessou o tronco, provocando um buraco que permaneceu como atração turística durante 56 anos. Em fevereiro de 1997, a mesma árvore foi acometida de uma doença e teve que ser derrubada pela Prefeitura de São José. A derrubada da palmeira régia causou polêmica entre a população local na época, já que parte do patrimônio histórico do município estava sendo levado ao chão. Com a perda dessa árvore, restam como sobreviventes as cinco que estão hoje no centro histórico.
A manutenção das palmeiras centenárias está atualmente a cargo da secretaria de Obras de São José. Para Osni, há muito descuido. "Eles fazem de vez em quando um trabalho de limpeza no local, mas não há um cuidado especial com as árvores", relata. "Cabos da iluminação de Natal ainda não foram retirados, placas são pregadas nos troncos, há pregos enferrujados cravados nas palmeiras". O diretor de Obras da prefeitura, Laudioni dal Pont, reconhece que não há um traballho específico de manutenção das palmeiras imperiais. "Temos uma equipe que cuida da limpeza e jardinagem, mas esse trabalho específico com as árvores é algo importante que infelizmente ainda não fizemos", diz dal Pont.



sábado, 18 de outubro de 2014

BARRIGA DE BICHA

BARRIGA DE BICHA

Não faz muito tempo, eram os tempos de rapaz e rapariga, ou melhor, eu ainda era pequeno, não miúdo, mas barrigudo.
Na verdade, chamava-se simplesmente o pançudo de amarelo, ou amarelo da goiaba, ou barriga de bicha. Ainda hoje, muitos não perderam esse costume, esse modo de falar.
Era um tempo em que, as mães levavam os filhos ao DASP-Departamento Autônomo de Saude Pública do Estado para exames, receber  e depois tomar o remédio de bicha. Sim remédio de bicha, assim era o modo de falar desse tempo e que muitos ainda por vezes vem a recordar.
Depois dos exames do material da latinha, o médico receitava o remédio de bicha, que ali mesmo era distribuído, acompanhado de um purgante para após, limpeza das tripas. O purgante, o óleo de rícino, horripilante, de dar repulsa de se tomar em jejum. Mas, não tinha churumela, a mãe insistia, tapa o nariz e toma, se não eu te empurro de guela abaixo. Sim era esse o tratamento da época.
E depois de umas semanas,  saúde estampada em todos. A rapaziada voltava a comer bem, ficavam com as caras coradas, a barriga diminuía, o amarelão desaparecia.
Hoje me veio a mente e displicentemente, entrei numa farmácia e pedi ao atendente; eu quero um remédio de bicha.
Com o olho arregalado e cara de espanto, me diz o atendente que isso é homofobia  e que é discriminação com as minorias.
E eu que não sabia o que é essa tal homofobia, fiquei com cara de tôlo, me fiz de desentendido e pedi o remédio de novo, tem remédio de bicha?
Foi então que o atendente, volta e me repreende; O Senhor está sendo agressivo, está cometendo excesso, isso pode lhe dar processo. E ainda foi mais além; não me diga que não sabia, que por aqui um dia, homen de camisola, já se chamou de maricão, viado, bicha e boiola?
Foi aí que percebi, que a linguagem viva, altera com o passar dos tempos, podendo o que hoje se diz, no amanhã ser um ato infeliz. Pois bem, logo me veio a tona, ah, esse termo ofendeu a bichona.
Com aquela sutileza, procurei explicar o termo e fui logo dizendo, que o remédio que procurava, na época se tomava em dose para lombriga ou verminose e depois como laxante, se tomava um horrível purgante.
 Boas risadas se deram sobre a compreensão da  linguagem, dita como eufemismo e de que, bicha sim tem remédio, dando fim ao episódio.
Depois que tudo acabou, logo fiquei a pensar e a recordar, que esse tal eufemismo, que leva ao humorismo, está em todo lugar.
Certa feita, estava aqui numa boa,  fui convidado à ir a Lisboa.
Eu que por aqui sou oleiro, estava com ansiedade de lá chegar, viajei todo faceiro, por ter o que mostrar.
Por aqui faço panelas e lá como oleiro, depois de fazer vários modelos, me intitulei paneleiro.
Pois não é que paneleiro, são as bichas de lá. Foi então que percebi, voltei a me complicar.

Depois de tudo entendido, aprendi que essa viagem, me fez compreender o eufemismo de  nossa linguagem.

Com o humor dos mais antigos: Quem mandou tomar remédio de bicha? rsrsrsrsrsrsrsr...kkk

Contos que conto
Quem conta um conto, aumenta um ponto  .  º
              -dito popular-                                         
Texto: Gilberto J. Machado
                   Historiador

 

 





quinta-feira, 18 de setembro de 2014

A LAGARTA E O GIRINO

 Fábula
A LAGARTA E O GIRINO

A lagarta e o girino, se apaixonaram e decidiram se casar

Girino é o pré sapo, pra quem não sabe
  
Então a lagarta entrou no casulo para se arrumar e o girino ficou do lado de fora a esperar
A lagarta demorou, demerou e quando de lá saiu, percebeu que tinha virado uma bela borboleta.
O girino do lado de fora, esperou, esperou e virou um sapo feio, horroroso
A borboleta quando viu aquele  sapo feio, horroroso, decidiu não mais se casar,  bateu asas a voar.
O  feio sapo então,  não gostou da desfeita, esticou sua língua grande e plaf, comeu a borboleta.

Moral da história: não importa o quanto você é feio, se tiver a língua grande, vai sempre comer alguém. rsrsrsrsrskkkk



IGREJA DO SENHOR DO BOM FIM


Igreja do senhor do Bom Fim – São José-SC
CONSTRUIDA EM 1851
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Trecho do provimento geral da visita pastoral em de S. José, lido na missa pelo Vigário, Dom José de Camargo Barros, Bispo da Diocese de Coritiba, em 28 de julho de 1895.
[...] A Igreja do Bom-Fim tem 3 altares, púlpito, côro, pequena torre e sachristia; está forrada e assoalhada. No altar-mór, que é bem regular, está uma belíssima imagem de madeira de Nosso Senhor Crucificado, de tamanho natural tendo aos lados uma boa imagem de S. José e uma do Senhor Bom Jesus da Prisão. O altar do lado da Epistola é consagrado a S. Sebastião, cuja imagem, grande e perfeita, é também de madeira. O altar do lado do Evangelho é consagrado a S. Joaquim, cuja imagem, grande, perfeita é bonita e também de madeira.
Os 3 altares têm castiçaes, pedra d’ara, sacras e as toalhas, conforme as prescripções de direito. Paramentos, poucos insufficientes.
Por José Amaro Quint

“O historiador Osni Antônio Machado em suas pesquisas sobre monumentos históricos de São José, relata que a imagem de Nosso Senhor do Bom Fim da Igreja do Bom Fim de São José-SC, é a segunda imagem dessa categoria no Brasil, sendo a primeira, a imagem de Nossa Senhor do Bom Fim na Igreja do Bom Fim em Salvador-Ba”.

Contos que conto
Quem conta um conto, aumenta um ponto  .  º
              -dito popular-                                         
Texto: Gilberto J. Machado
                  -Historiador-          






Histórico de comentário



FAZER


F A Z E R

As vezes me paro a refletir sobre o que já fiz, o que fui, o que sou e o que fazer. O que fazer está pesando mais forte.
A VIDA, reservou-me a esperança, a perseverança, o amor.

E aqui estou eu no FAZER de cada amanhecer.
gjm

quarta-feira, 17 de setembro de 2014

ALQUEIRE

ALQUEIRE
antiga medida de capacidade de secos e líquidos

Peças de cerâmica, cor betume, modelos de medida de alqueire produzidas artesanalmente por oleiro na roda de oleiro de tração pessoal.

segunda-feira, 18 de agosto de 2014

AS LAGOSTAS DO MAINE

                        AS LAGOSTAS DO MAINE

Um  conto interessante e que desperta curiosidade, considerando que a pesca por aqui  é rara, ou praticamente inexistente nos mares dos arredores da Ilha de Santa Catarina.
Por aqui, também são raros os restaurantes que servem a iguaria, e os que a fazem, compram dos mares do nordeste do Brasil.

Por Erich Muschellack, Engenheiro e empresário, que adotou a Ilha de Santa Catarina para morar        

A história que me contaram lá é mais ou menos assim:


O estado do Maine nos Estados Unidos, é conhecido até hoje pela pesca da
lagosta.
Em uma cidadezinha costeira do Maine chamada Bar Harbor, havia muita lagosta no inicio do século XIX. E naquela época, a lagosta não era valorizada no mercado.
Por ser muito barata e fácil de pescar, serviam lagosta a toda hora para os presos da cadeia local. 
Até o dia em que houve uma revolta dos presos, que não aguentavam mais comer lagosta. 
Foi então, promulgada uma lei proibindo servir lagosta aos presos mais do que 2 vezes por semana, por ser considerado um castigo cruel.

Fui pesquisar, e encontrei uma referencia no "The Lobster Chronicles":
Prior to the nineteenth century, only widows, orphans, and servants ate lobster. And in some parts of New England, serving lobster to prison inmates more than once a week was forbidden by law, as doing so was considered cruel and unusual punishment.

Antes do século XIX, apenas as viúvas, os órfãos, e servos comeu lagosta. E em algumas partes da Nova Inglaterra, que serve lagosta para presidiários mais do que uma vez por semana era proibida por lei, pois isso era considerado um castigo cruel e incomum.

Erich Muschellack tem como hobby, mergulhar nos mares do mundo para observar a vida marinha e os mistérios do fundo do mar. Apenas observar.

Contos que conto
Quem conta um conto, aumenta um ponto  .  º
              -dito popular-                                         
Texto: Gilberto J. Machado
                  -Historiador-





               



AÇORES-PT e SÃO JOSÉ, SC-BR
 louças de barro


Notadamente, a Ilha de São Miguel e a sua Vila Franca do Campo, Ilha Terceira, Ilha de Santa Maria, São José e o seu Caminho da Ponta de Baixo, olarias, oleiros, louças de barro, identidades comuns.





Década dos anos 50-século XX.  VENDEDOR  de louças de barro.
Ilha de São Miguel – Açores


Foto – acervo de Paulo Ricardo Caminha

sábado, 31 de maio de 2014

LAGOA, TAINHAS; LAMA, IBAMA DOS PATOS



Lagoa, tainhas, lama, IBAMA dos patos



Ah,  bons tempos eram aqueles

Que em mantas bem juntinhas e com frio, sentíamos necessidade de dar. E dar a vontade de sentir prazer.. Quanto mais frio é, se sente vontade pra dar, mas dar sem frescura, sem vergonha e sem pudor.

Ah, como somos cobiçadas, gostosas, danadinhas e adoradas.

A viagem é longa, um belo passeio de passagem, sempre aos olhos do namorado, um vigia bem plantado. Que namoro gostoso, para depois ser a presa e comida com prazer.

Ah, bons tempos eram aqueles.

De surpresa se chegava de mansinho e sem avisar, somente  anunciada para pegar. E dai  fazer a festa com vontade de dar e dar com abunda....ância de dar prazer.

Ah, bons tempos eram aqueles



Agora por  traz da mesa

nos regulam a vondade

 e até a liberdade de se dar

 com singela pureza



E então com regras prontas

alteraram nosso passeio

e  a cobiça dos namorados

 que  censura, que afronta



Ufaaa, sou a tainha

 anciosa por prazer

 e se estou dando pouca

 não é por escacez

e sim, sem dar por perder a vez



Apenas por ironia

 me juntei  a burocracia sem ceder

que emperra o prazer



Enquanto isso aqui na praia

 há regras sem piedade

 lá fora dou a vontade

 aos olhos dos mergulhões

 encho as redes de barcos dos tubarões



 Será que é combinado?

Ou dúvidas aqui na praia

Ou  pescador de mal olhado?



Como a onda agora é protesto e greve

 vou entrar nessa marola

 e nem chegar muito perto da orla



E nem vou sair lá da lagoa

 Vou é ficar com aquele gosto de lama

 Para satisfação

 dos patos do IBAMA



gjm-crônica/pasquim

pesca artesanal da tainha no litoral de Santa Catarina

quinta-feira, 15 de maio de 2014

Abat-jour em cerâmica


Abat-jour obra dos ceramistas odf e gjm. 
Atelie de Osvaldo D. Ferreira - Estreito - Floripa-SC

sábado, 10 de maio de 2014

CASA DA CÂMARA E CADEIA DE SÃO JOSÉ-SC

Casa da Câmara, Casa do Jury  e Cadeia do Município de São José.
1839 - 1854 – 1855 – 1859 - 1949/1950 - 1980

FOTO OFERECIDA POR RICARDO DUARTE

Em 1839, a Câmara de São José, registra altamente reclamos pela fundação da Casa para suas sessões e de Cadeia.
Fonte: Discurso pronunciado na abertura da Assembléa Legislativa da provincia de Santa Catharina na segunda sessão ordinaria da segunda legislatura provincial em 1839 pelo respectivo presidente, o brigadeiro João Carlos Pardal. Cidade do Desterro.

Em 1854, a Câmara de São José apresenta um orçamento muito acima das expectativas de renda de sua receita, com objetivos de desenvolvimento de algumas obras elencadas para o Município, justificando  argumentos de muito contribuir em impostos para a Provincia. Entre essas obras estão nove pontes de reparos e mudanças de estradas, construção da cadeia, casa da Cãmara e Jury, consertos e reedificações de igrejas.
Entretanto, as justificativas foram rebatidas como falsos os argumentos da Câmara pelo Presidente da Província, que demonstrou em gráficos, o déficit anual do Munícípio, sempre suplementado pelos Cofres da Provincia. E mais, classificou o orçamento de anti-social para com os outros Municípios, que ficariam em falta, se liberado fosse a expressão do valor, pelos Cofres da Província.

Fonte: Relatorio do presidente da provincia de Santa Catharina em 19 de abril de 1854. Title page missing. Signed: João José Coutinho

Em 1855, a iniciativa de alguns cidadãos de São José, a cuja frente estava o então Juiz de Direito da 2ª Comarca, Dr. Luiz de Assis Mascarenhas, promoveram no ano passado a subscrição para dar princípio a construção da Cadeia e Casa da Câmara, com efeito hás darão princípio construção dos alicerces.
Em execução do § 8º artigo 3º da Lei nº 381, mande vir do Rio de Janeiro a cantaria para as portas e janelas da cadeia.
Não sendo a obra  a fazer de pouca importância, atenta as forças do Município, acho justo que a Provìncia auxilie esses cidadãos, autorizando essa Presidêncaia a dispôr em tempo oportunio, o que fôr necesário com as grades e mais ferramentas para segurança da cadeia.
Ser-vos-há presente, um projecto remetido pela Câmara de São José para construção da Praça e aforamento de terrenos.


Fonte: Relatorio do presidente da provincia de Santa Catharina em 1.o de março de 1855] Title page missing. Signed: João José Coutinho.

Em 1859, o prédio foi inaugurado e desativada como cadeia em 1949/1950.
A partir de então, o prédio passou  à ser ocupada como sede da Prefeitura Municipal e outros órgãos públicos.
Em 1950, a Cadeia e a Delegacia de Polícia, passam à se estabelecer nos fundos do próprio prédio, adaptado para esses fins, local que até então, servia somente como residência do carcereiro.
Em inícios da década dos anos 80, o local é desativado definitivamente como Cadeia e Delegacia de Polícia.

Em 1999, passa a abrigar as instalações de Casa da Cultura Municipal.
Através do Decreto nº.18.695/2005,  a CASA DA CÂMARA E CADEIA, localizada na Praça Hercílio Luz- Centro Histórico de São José, é tombada como Patrimônio Histórico do município.

Foto oferecidas por RICARDO DUARTE
Contos que conto
Quem conta um conto, aumenta um ponto  .  º
              -dito popular-                                         
Texto: Gilberto J. Machado
                   -Historiador-