FUTEBOL
DE VÁRZEA
Ponta
de Baixo
1935
-1985
Histórico do futebol varzeano
“É dos contos que ouvimos e a historia que construímos,
ou que, pelo menos, ativamente participamos,
leva-nos a rememorar os tempos do futebol varzeano e inspiração de torcidas por
times de futebol, no curto caminho da
Ponta de Baixo, na sede do município e outras localidades de São José-SC.
Esta matéria procura enriquecer a história de São José
e tem a colaboração do historiador Osni Antônio Machado, com seu acervo de fotos. Autor e historiador, o conhecido Nini, expõe
as fotos do Ipiranga F.C., Olaria F.C. e a do juiz de “guarda-chuva”, num jogo
de domingo pela manhã, entre casados e solteiros no campo da Praça”.
A expressiva força do futebol varzeano na sede do município
com o Ipiranga F.C. inspirava e motivava outras localidades do município como Roçado com o Niterói F.C. mais tarde a S.E. Palmeiras,
Praia Comprida e Campinas com o Campinas F.C., este fundado em 1927 e o time da
Madereira Brasil Pinho. Em Barreiros com o America F.C., Ipiranga E.C. 1962,
Bandeirantes E.C. e S.R.E. Saldanha da Gama. Na Ponta de Baixo com Olaria F.C.,
Palmeiras F.C. e Conrinthians F.C.
No Sertão do Imarui e rio acima, destacavam-se o
Botafogo F.C., o Colônia Sant’Ana, o Colônia Santa Tereza e o Aimoré em São
Pedro de Alcântara.
No alge de uma geração de equipe e jogadores de
destaque na várzea, a S.R.E. Saldanha da Gama de Barreiros, conquistou o Campeonato Amador de
Floriánópolis e região, promovido pela extinta TV Cultura, modalidade de
futebol varzeano-amador.
Uma das histórias do futebol varzeano da Ponta de
Baixo como jogador, foi João Machado Neto(1926-1992), conhecido com o apelido
de Ninho. Outros em destaque de fino trato com a bola, merecem lembranças, pois
a inteligência comandava a bola nos pés. Entre esses, Maurílio João Ferreira de
Souza(centroavante) e João Machado – Dandica ou Dandão(lateral esquerdo).
Neste histórico, vou me ater aos legados, os contos e
relatos dos personagens Ninho e Gato, este último, destacado e folclórico juiz
de futebol varzeano.
Da mesma geração, Osni Albino Ramos,
o Gato, era um assíduo leitor dos Jornais do Rio de Janeiro. Um apaixonado
torcedor do C.R. Flamengo e pelo Avaí F.C. Inteiráva-se de tudo sobre o futebol,
jogadores, escalações e as regras de jogo. Reconhecidamente um cabedal de
sabedoria, portador de uma memória invejável. Oleiro de ofício, Osni 1927-1984,
tornou-se uma referência no apito, arbitrando até partidas intermunicipais.
Ninho foi um habilidoso centroavante varzeano de pouca
estatura, mas de grande impulsão ao sair
do chão. Artilheiro com habilidade
nos dribles, batia com os dois pés e ainda se destacava também um grande
artilheiro no cabeceio dentro da área adversária. Gols de cabeça, arte como
poucos no futebol.
Na vida de ofício, era um exímio pescador com anzóis e
tarrafas a Val e artes de oleiro. Como
torcedor, o C. R. do Flamengo e Figueirense F.C., suas paixões.
Época em que o rádio começava a ser
conhecido por todos no lugar. Quem adquiria um, reunia muitos de sua vizinhança
em sua casa, para ouvir programas da
Rádio Nacional, outras do (RJ) e principalmente jogos de futebol do Rio de Janeiro.
Em 1937/38, a força do futebol
varzeano na sede do Município, leva a Prefeitura Municipal, a construir no largo frontral da Praça e que
dá acesso ao Trapiche, um campo de futebol. O amplo local, que já era utilizado
em peladas, passa à ser o campo utilizado pelo Ipiranga F.C., fundado em 1938.
Nas décadas de 50/60 e 70, aparecem jogadores na várzea, que destacaram-se na região de São José e
Florianópolis.
Em 1959, revela-se o craque
Valério Mattos, que fez parte da equipe do Paula Ramos de Florianópolis, que sagrou-se campeã
estadual.
Ipiranga
F.C., meados da década 50
Esquerda para direita: Arnoldo
Souza, Nilton Ramos, Jacó, Jorge Destri, Polaco, Jaci, Valério, Osni
Ramos,-direita, Wilson, Doca, Betinho, Armando e Raul Leite.
|
Outros como Vilson do Campinas
F.C e Ipiranga F.C., chamado de motorzinho pela velocidade na ponta direita,
foi profissional no Figueirense F.C. assim como o centroavante Nilton Plat,
conhecido como Ito(Ipiranga F.C.)., também profissional no Figueirense F.C.
Outros do Ipiranga F.C. como, Telmo Domingues, Alceu Plat(Ceceu),
Capota, Mário caolho, Mário Rila, Perácio, Dandica, Vilmar... e mais.....
Contava Ninho, que em inícios dos anos 40, surge o
primeiro movimento de futebol da Ponta de Baixo com o nome de Pontista F.C.
Como não havia
campo de futebol no lugar, a iniciativa durou pouco mais de um ano e não deu
progressão.
O nome pontista
sugere o nome do lugar, inicialmente conhecido como Costeira da Ponta, assim
está registrado oficialmente em 1908, a hoje
Ponta de Baixo.
Em 1942/43, surge um novo movimento de time de
futebol. Agora com os trabalhadores das olarias, já que o lugar concentrava
muitas olarias de louças de barro e foi batizado de Olaria F.C.
Sem campo para jogar, inicialmente o time jogava fora
e esteve prestes a desaparecer. Entre 1949 e 1951, Oscar Schmidt permite a
construção de um campo de futebol em suas terras e o Olaria F.C. passa a ter
espaço para peladas e fechamento de jogos.
É desses tempos e com a chegada do rádio, que vem a
predileção de torcida pelos times do Rio de Janeiro, aliada a influência da
sede do município e da Capital Florianópolis. C.R. do Flamengo, C.R. do Vasco da Gama,
Fluminense F.C., Botafogo F.R. e América F.C.
Os demais times
do Rio, não despertavam interesses de torcedores porque eram considerados
caixas de pancada, apenas participantes do campeonato. Entre esses, os que mais
figuravam, o Bangu, Olaria, Campo Grande, Bonsucesso, Canto do Rio e Madureira.
COPA DO MUNDO DE 1950
Predileção maior da época, era mesmo a Seleção do Brasil, convocada para a
Copa do Mundo no Brasil.
Todos tinham sua seleção, a falação era grande na
defesa de jogadores dos seus times. O Brasil já se destacava como futebol arte,
excepcionais craques de bola. Para a crônica esportiva e para a torcida, o
título era certo.
E veio a Copa, a Seleção passeava em campo, exibia
espetáculos e goleava. Mas na final, o inacreditável para a época aconteceu.
Para o Brasil bastava empatar e era campeão. Pois bem, começou o jogo campeão.
Fêz 1x0, era mais campeão ainda. O Uruguai empatou. O Brasil ainda era campeão.
Mas, o Uruguai fez 2x1 e levou a Copa.
Nos contos de Osni Albino Ramos, mais de 200.000
torcedores estavam no Maracanã. O Brasil chorou, mas a paixão pelo futebol não
deixou de invadir os bairros, as peladas, a várzea.
COPA DO MUNDO DE 1958
Suécia, o Brasil é Campeão do Mundo no futebol. Na
final 5x2 contra a Suécia. Garrincha encanta o mundo, Nilton Santos, desponta a
trajetória do Rei Pelé. Uma Seleção de craques. A paixão nacional pelo futebol,
lava a alma dos brasileiros. A várzea está em festa, a juventude quer jogar
futebol.
Em fins dos anos 50, a desorganização de lideranças na
Ponta de Baixo, aliada ao enfraquecimento das olarias de louças de barro, levam
a geração do Olaria F.C., a quase cair no abandono.
Nessa época, muitos dos jogadores da Ponta de Baixo,
vão jogar no ascendente Cruzeiro F.C. da Ponte do Imarui-Palhoça.
O BRASIL É BI-CAMPEÃO MUNDIAL DE FUTEBOL EM 1962
Chile, Brasil vence a Tchkoslowaquia na final por 3x1
e sagra-se bi-campeão de futebol. Amarildo se consagra no lugar de Pelé
machucado. Garrincha, Zagalo, Nilton Santos, Didi, Zito & Cia., voltam
encantar o mundo do futebol.
A várzea está em festa, o futebol nos finais de semana
nos bairro é a coquelixe nacional.
Em 1960/61, o Olaria F. C., resurge com um só time, sem o segundo
time(aspirante), modalidade estrutural da época, presidido por Carlos Albino
Ramos(Carlinhos, também conhecido como Tatuzinho) com o apoio dos irmãos Gete e
Jair Parente, ambos jogadores integrantes do time.
O time joga somente fora, geralmente aos sábados a
tarde e domingos pela manhã, com poucas atuações no campo da Ponta de Baixo e
utiliza mais o campo da Praça.
OLARIA
F.C. 10-07-1960 – Campo da Praça
Osni
cão-torrado, Carlos Antônio, João Martins, Jorge Destri, Cesar Neves, Mauro,
Osni, Gete Parente, Pedro Domingues, , Mário Rila e Guingo(Valmir Ambrózio Batista)
|
Na verdade, de lá para cá, o nome Olaria F.C., jamais
foi esquecido, permanece em atividade, sob domicílio de Jair Parente no Centro
Histórico de São José.
Amante apaixonado do futebol varzeano, Jair Parente o
tem como seu time de futebol, reúne amigos do bate bola, monta o time,
realizando jogos aos sábados a tarde ou domingos pela manhã. História
preservada.
Em 1963/64, filhos da geração do Olaria F.C, liderados
por Valmor Ricardo dos Santos(Moia), Moacir M. de Melo e Otávio Teófilo
Ramos(Tavico), fundam um novo time com o nome de Palmeiras F.C., inspirados na
sensacional fase do famoso time de São Paulo.
O Palmeiras F.C. se fêz um bom time com essa geração,
fez grandes apresentações, destacadas vitórias dentro e fora de casa, reunia
muitos torcedores aos domingos a tarde de jogos.
Outro feito dessas lideranças, foi a ativação da sede
social com bailes e domingueiras na sede da Colônia de Pesca Z-11, que continha
a Capela do Padroeiro São Pedro e a sala de aulas da escola isolada do lugar.
Tempos em que, até a procissão marítima de São Pedro, foi reativada em mais uns
anos subsequentes.
A eleição de Prefeito Municipal de São José, muda toda
a história do campo de futebol da Ponta de Baixo. A família de Oscar Schmidt,
proprietária do terreno do campo de futebol, apoiava a candidatura de seu
cunhado José Virgilino Ferreira de Souza, conhecido com Zezé do Virgilino, PSD-Partido
Social Democrático.
As lideranças do time de futebol do Palmeiras F.C.,
liderados por Valmor Ricardo dos Santos(Moia), ligados ao cabo eleitoral Mário
Estevão dos Santos, trabalharam para a candidatura de Cândido Amaro Damázio,
conhecido como Candinho, UDN-União Democrática Nacional.
A vitória de Candinho da UDN foi esmagadora,
culminando com revanchismo político da família de Oscar Schmidt em desativar o
campo de futebol, mais tarde loteado.
Sem o campo e outras divergências das lideranças, o time
Palmeiras F.C., deixa de existir.
CAMPOS DE FUTEBOL VÁRZEA EM SÃO JOSÉ
Com excessão do campo
de futebol da sede do município, que pertencia ao poder público e que, mesmo
assim, em finais dos anos 70, não resistiu a expansão do município.
Em 17/05/1975, o
Ipiranga F.C., fêz seu último jogo no campo da Praça com o Nilo Peçanha, clube de
futebol da Escola Técnica Federal de SC. Há registros do Historiador Osni
Antônio Machado, que confirma o resultado de 8 x 1 em favor do Ipiranga F.C.
Em 1977/78, a
Prefeitura Municipal de São José, entrega o novo campo em novo endereço ao
Ipiranga F.C.
A mudança de local,
embora pertencente ao poder público, sem ônus para o clube, desestruturou o
futebol do Ipiranga F.C., levando a sua inatividade.
Sabe-se que o campo
depois de pronto, chegou a ser inaugurado pelo Ipiranga F.C. e que, depois mais
um jogo, houve o abandono por parte de seu futebol.
O terreno do campo de futebol, direcionado ao
Ipiranga F.C., foi doado em 1982 ao Estado de Santa Catarina, que construiu no
local o Hospital Regional de São José - Dr. Homero de Miranda Gomes, inaugurado
em 15/02/1987.
Os demais campos de
futebol de várzea do município, eram propriedades particulares, que gradativamente
foram desativados pela expansão imobiliária.
Os exemplos do Brasil
central, chegam a nossa região a partir de finais dos anos 60, tendo conseqüências
como regra geral, o abandono gradativo do futebol varzeano organizado nos
bairros.
FATO PITORESCO
Em 1963-07-07, no
campo da Praça de São José, ou chamado por muitos como campo do Ipiranga,
acontece uma cena inusitada e até certo ponto folclórica, que marca a
trajetória do requisitado juiz de futebol varzeano Osni Albino Ramos, o Gato.
OSNI
ALBINO RAMOS, o juiz de guarda-chuva –
campo da Praça 07-07-1963
|
Era
uma manhã de domingo e de chuva fina. Osni estava na Praça com o pequeno filho
Édson, o cabeção, hoje mundialmente conhecido como o famoso Professor Cebola –
Édson Osni Ramos.
Um
jogo entre casados e solteiros estava por começar e faltava um juiz para
apitar. De repente alguém anuunciou a
presença de Osni com seu guada-chuvas na Praça. Osni não resistiu a insistência
dos convites, mas relutou ao lembrar da adverrtência da mulher. “Não te molha,
estás gripado, isso pode piorar”. Mesmo assim resolveu apitar. Então, descalçou
os sapatos, arregaçou a calça e de paletó, guarda-chuvas e apito na boca, deu
início e apitou toda a partida de futebol entre casados e solteiros naquela
manhã. Folclórico, não?
O
registro dessa cena inusitada, está na foto batida pelo historiador Osni
Antônio Machado, que no dia fotografou um dos momentos do jogo, sem qualquer pretenção.
Essa foto foi publicada no Diário Catarinense
na coluna de cronista esportivo Roberto
Alves, encaminhada pelo historiador.
Um
detalhe a ser esclarecido: Embora o apelido de Osni Albino Ramos, seja Gato,
podendo ser um sugestivo insulto ao juiz de futebol, no caso do Osni, não era
por isso e sim pelo gosto que tinha por peixes.
Na
verdade, sempre foi um isganado, guloso.
O fato é que o gato gosta de peixes, por isso
levou esse apelido de sua turma.
Em 1965/66, liderados
pela mesma turma do extinto Palmeiras F.C., depois de entendimentos com o proprietário
do pasto da fazenda, novas lideranças do lugar Picadas do Sul e núcleo de
moradores do loteamento da Fazenda do Max, que leva o nome de Santo Antônio,
fundam o Independente F.C.
O
campo do Independente F.C. foi feito em mutirão pelos organizadores, lá no meio
do pasto da fazenda. Inicialmente, o campo era irregular, cheio de moitas
salientes, que foram desaparecendo com o pisar dos jogos.
A partir de então, uma
nova sociedade se criou em torno do futebol varzeano na localidade, tendo a
frente jogadores da Ponta de Baixo, outros do lugar e arredores.
Em
1967/68, mesmo sem campo de futebol, filhos da geração do Olaria F.C. e do Palmeiras F.C., fundam um novo e o
último time na Ponta de Baixo.
Surge
o Corinthians E.C. com uniformes recebidos por doação de um político, que jamais
quiz ser identificado. A cor do uniforme não tinha nada do Corinthians de São
Paulo. Camisa vermelha, gola e mangas azul, calção azul, meia vermelha com
barra azul. Sabe-se que denominou-se Corinthians por vontade do doador em compromisso
assumido pela turma do futebol. A equipe formava 2 times, primeiro e segundo,
com mescla de jogadores da Praça de São José e do Caminho de Cima. Como não
tinha campo, jogava somente fora de casa e aprendeu como poucos times da época
a jogar de igual para igual nos campos dos adversários.
O
time se desfêz em finais de 1968. Definitivamente, a Ponta de Baixo deixa de
ter time de futebol varzeano e muitos jogadores passam a jogar em times de
outros bairros. Outros jogadores dessa geração, são contratados por um novo time
que surge na Ponte do Imaruí-Palhoça com o nome de Esporte Clube Floriano.
Em
1970/71, registra-se ainda na Ponta de Baixo, uma turma boa de bola, que cria o
Flamenguinho. Turma de um só time, o Flamenguinho foi uma geração de bons
jogadores da várzea com sucessivas partidas vitoriosas aos domingos pela manhã.
Turma boa de bola, sempre no campo dos adversários, mas, quando provocados,
viravam uns marimbondos, briguentos, gostavam da farra. O time esvaiiu-se em
meados de 1971.
COPA DO MUNDO DE 1970
México,
o Brasil sagra-se Tri-campeão mundial de futebol, vence a Itália por 4x1. O Rei Pelé volta a brilhar com seus companheiros craques Rivelino,Tostão,
Jairzinho, Gerson, Clodoaldo, Everaldo, Brito, Wilson Piazza, Carlos Alberto e Félix.
E
eu estava onde tudo começava, na várzea das peladas, jogador de futebol, a
inspiração pelos craques, a torcida, a paixão, os clubes, a seleção.
Tempos
de glórias, sentir, vibrar com a vitória no futebol, criar uma jogada, driblar,
ser o bom de bola, ser mascarado por ser o bom, marcar um gol, comemorar com
abraços, vencer, vencer, vencer, levantar um troféu, receber uma medalha, ser
campeão. Assim é a paixão nacional, o
F U T E B O L.
COPA DO MUNDO 1982
O
México volta a sediar uma Copa do Mundo. O Brasil tem uma seleção das mais
talentosas depois da conquista do Tri. É a era Zico, Sócrates, Falcão,
Sérginho, Éder, Leandro, Paulo Izidoro, Toninho Cerezo, Junior, Oscar, Valdir
Perez. De técnico, nada mais, nada menos, que o Mestre Telê Santana.
O
futebol da seleção é talentoso e encatador, joga pra frente, busca o gol,
jogadas ensaiadas, craques que desequilíbram, criam jogadas fantásticas, vence
a Escócia, Rússia, Espanha e Argentina. O Brasil é apontado como o melhor
futebol da Copa, joga fácil, encanta a torcida, recebe elgios da crônica
esportiva.
Nas
semi-finais enfrenta a Itália, que chegou se arrastando com empates, jogando
mal, na retranca e com combinação de resultados.
O
empate favorecia o Brasil, que fêz 1x0. A Itália empatou e virou o jogo 1x2. O
Brasil empatou 2x2. Mas brilhou a estrela do centroavante Paolo Rossi, marcou 2
vezes. Itália 3x2.
Venceu o jogo do Técnico Enzo Bearzot,. A retranca,
a marcação em seu campo, do jogo por uma bola e deu certo. Itália Campeã do
Mundo de 1982.
A
paixão nacional ficou perplexa, angustiada, entristecida e se perguntava,
porque perdemos se jogamos mais, tínhamos o melhor time, os melhores craques,
encuralmos o adversário, porque o melhor não venceu?
Como
jogador de várzea, me arrisco a responder:
PERIPÉCIAS DO FUTEBOL
Eu mesmo tive a experiência em campo de jogar
melhor e perder, entrar desacreditado e vencer. COISAS DO FUTEBOL.
Contos que conto
Quem
conta um conto, aumenta um ponto . º
-dito popular-
Texto:
Gilberto J. Machado
-Historiador-
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