CORONA
(baga utilizada para burnir(brunir) bilhas ou moringas)
Desde o século XIX, até meados do século XX, em nossa região, era comum se encontrar na orla marítima e margens de rios, a planta da família das Mimosaceae. Arbusto(trepadeira), uma das leguminosas de flores amarelas, que produz um fruto indeiscente(duro, que não se abre). Uma baga de cores brilhantes e de predominância de cores preta e marrom.
Os frutos, quando maduros, debulham-se do arbusto, caindo no chão ou diretamente sobre as águas e são levados pelas correntes fluviais e marítimas. Eram facilmente encontrados nas praias da localidade de Ponta de Baixo em São José e utilizadas nas olarias de louças de barro.
Esta baga de polir, assim chamada, também conhecida como baga da mimosa ou ainda de olho de boi, utilizá-se sobre fricção cautelosa na tinta de barro vermelho de barranco, aplicado nas moringas ou bilhas, moringues de dois bicos e outras peças.
A peças, depois da secagem, são levadas ao forno para queimação (cozimento), ficando prontas para venda e utilização.
Do resultado desse polimento, moringas ou bilhas, moringues de dois bicos, ou ainda potes, procede-se o envasamento com água boa da fonte ou poço. A água fica fresquinha de se beber.
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Corona(tucunã) de coloração preta
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Corona(tucunã) de coloração marrom
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Nos tempo de hoje, a cerâmica modelada na roda de oleiro ou tornos elétricos, requerem excelentes acabamentos quando polidas, utilizado-se também pedras de fundo de rios.
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Pedras de polir, ao centro a baga corona
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Pedras de polir e a baga corona
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Moringas com tintura de barro vermelho de barranco. A água fica fresquinha de se beber.
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Processo artesanal de brunir com a baga ou corona
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Contos que conto
Quem conta um conto, aumenta um ponto . º
-dito popular-
Texto: Gilberto J. Machado
Historiador
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