CORTEJO NO SARRABALHO
Décadas de 20 e 30 do século XX.
O Sarrabalho em terras e salão dos Cazuzinhas na localidade de Picadas do Sul, proximidades dos engenhos do casarão da fazenda e dos plantios de mandioca.
Numa tarde-noite de domingo, Jóca Bolinho, freqüentador de carteirinha do sarrabalho dos Cazuzinhas, homem daqueles que deixam a submissa mulher em casa, saiu para o fandango. Durante o sarrabalho, com todo o seu respeito, tira uma mulher para dançar. O papo entre os dois, começa muito tímido e acanhado, mas depois de umas e outras, as línguas se soltam, tanto de um como do outro.
Jóca Bolinho, em versos tipo pasquim, dá início a cortejada, que para sua surpresa, ela responde da mesma forma;
Ele
Eu bem sei que sou casado e tenho minha mulher
Quem tem olhos bem enxerga e se engana porque quer
Ela
Sete anos fui casada, sete maridos conheci
E juro por Deus do Céu
Que estou virgem como nasci
Ele
Ó meu DEUS, que mundo é esse
Ó que terra sem justiça
Ou essas mulheres não tem pomba
Ou esses homens não tem piça
O desfecho desse sarrabalho, fica por conta de sua imaginação
São José dos tempos de engenhos e das diversões do sarrabalho
Relíquea: um dos cochos dos engenhos dos Cazuzinhas, adquirido pelo Cirurgião Dentista Bruno Guilherme Seemann
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In Memorian
Ricardo Crispim dos Santos(Conão)¶1902-V1987
Valmor Ricardo dos Santos(Moia)¶1939-V2006
Texto gioleiro@gmail.com gioleiro@gmail.com
Neto e sobrinho
Contos que conto
Quem conta um conto, aumenta um ponto . º
-dito popular-
Texto: Gilberto J. Machado
Historiador
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