DONA SIBIRINA
E o seu enxoval de funeral, ah, o caixão também!
São comuns pessoas não se prepararem com a finitude, principalmente com o seus funerais, deixando esses ônus e encargos para parentes, amigos, colegas e vizinhos, se tiver, ou ainda, ao Estado e Município na condições de ser tratado como indigente.
Medo ou receio de de encarar a realidade da morte, ou será que é irresponsabilidade mesmo.
Em 1930, aos 84 anos de idade, Dona Sibirina, moradora solitária do Caminho da Ponta de Baixo, era uma velhinha preparada com o seu fim de vida.
Conta Isaura da Rosa Tasca(1918), que desde pequena, carrega lembranças dessa velhinha.
Dona Sibirina, costurou todas as suas vestes em branco e mantinha em cima do guarda-roupas, assim como também o seu caixão bem envernizado, esperando a hora de sua partida desta para outra.
-Lembranças virtuosas. fúnebres ou de mau gosto?
-Ou será que Dona Sibirina preparou uma retribuição à quem um dia, lhe preparou com tanto entusiamo um enxoval para sua chegada a este mundo?
Contos que conto
Quem conta um conto, aumenta um ponto . º
-dito popular-
Texto: Gilberto J. Machado
Historiador
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